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terça-feira, 26 de agosto de 2014

SÃO BENEDITO: SEU SURGIMENTO E CRESCIMENTO E AS MUDANÇAS DAS PAISAGENS NATURAIS

Vivemos num mundo acelerado. Informações viajam instantaneamente de um canto a outro do planeta, produzindo reflexos quase imediatos em locais distantes do globo, pois o que ocorre em qualquer lugar do mundo, em frações de segundo, pode ser veiculado para qualquer outro lugar. As mercadorias, por sua vez, são jogadas num circuito cada vez mais amplo e veloz de movimento, tornando-as descartáveis, fazendo com que tenhamos a falsa impressão de que necessitamos comprar mais e mais. E as pessoas? Nunca viajaram tanto, seja a trabalho, seja a lazer, transformado o mundo numa terra sem fronteiras. A impressão que temos é que o tempo passa mais rápido, e os lugares estão mais perto.

Refletindo a esse respeito, observamos que com a correria do dia a dia, muitas vezes não nos damos conta das mudanças ocorridas nas paisagens naturais que outrora tínhamos em muitos pontos de nosso município, no qual tem como características vestígios de mata atlântica, visto que nossa cidade, São Benedito, localiza-se no dorso da Serra da Ibiapaba, acerca de 900 metros acima do nível do mar.
Como sabemos o homem, ao longo de sua história, foi se adaptando ao ambiente em que vivia, conforme suas necessidades. Isso aconteceu em todos os lugares do mundo, e em nossa cidade, não foi diferente.
Podemos dizer que tudo começou na época da chegada dos portugueses na região da Ibiapaba, em meados do século XVII. Conta-se que Pero Coelho de Sousa armou um de seus acampamentos as margens de um riacho, que posteriormente fora chamado de rio Arabê. Anos depois essas terras foram doadas a um índio chamado Jacob, onde esse criou um aldeamento, que tinha como base uma capela erguida em homenagem a São Benedito, na qual o índio Jacob tornou-se devoto depois de sua catequização. A partir dali, surgiu uma vila, que pertencia ao município de Viçosa do Ceará. Dessa forma, nossa cidade acabou sendo formada. Com o passar dos tempos, as aglomerações de pessoas nessa região, fizeram com que a cidade começasse a crescer, principalmente com o advento de uma feira livre, que fora implantada por um padre, na década de 1850.
Para que tudo isso fosse possível, o homem teve que modificar o ambiente natural. Dessa forma, parte da natureza foi destruída, abrindo espaços para as construções. Modificando, assim, a paisagem natural, transformando-a para que se pudesse habitar de forma mais adequada.
Hoje, apesar ter um status de cidade pequena, nossa São Benedito ainda sofre com a ação humana, que teima em modificar o ambiente. Agora, não mais para criar condições de sobrevivência, mas para suprir a ganância de pessoas que aproveitam as ocasiões para abarrotar suas contas bancárias, trazendo para nossa cidade uma especulação imobiliária que está acabando com as poucas reservas naturais que ainda temos. Essa especulação imobiliária está sendo impulsionada pela construção de um enorme santuário, o que está transformando nossa cidade em um grande centro religioso, recebendo romeiros de várias partes do Ceará e estados Vizinhos, principalmente do Piauí.
Mas para isso, estamos pagando um preço muito alto. Nosso rio Arabê, que servia nossa população, fornecendo água potável, está praticamente morto. Até os açudes, que foram construídos para ajudar no abastecimento da outrora pequena São Benedito, estão poluídos. As matas, que são cantadas em versos em nosso hino municipal, estão acabando.
É preciso que algo seja feito, para que nossas gerações futuras possam usufruir um pouco que usufruímos. Preservar o que ainda resta, e reflorestar o que ainda dá para recuperar. As escolas estão buscando fazer sua parte, através da conscientização dos alunos, e de ações de replantio de arvores, limpeza dos rios e açudes, reaproveitamento, reutilização e reciclagem do lixo. Mas todas essas ações podem se tornar nulas, se as pessoas que tem o poder, e o dinheiro, não fizerem sua parte, esquecendo um pouco o lucro fácil, buscando melhorias de forma sustentável.
Resumindo, podemos concluir então que é melhor preservar a paisagem natural do que destruí-la, pois os ambientes modificados têm causado sérios problemas por sua alteração, e só prejudicam a qualidade de nossas vidas. Infelizmente, não foram adotadas ações sustentáveis que preservasse o meio ambiente em nosso município. Muito pelo contrário. Há um crescimento sem preocupação com o que pode vir a acontecer com nossas matas e nosso clima.
fonte: http://www.inacioalcantara.blogspot.com.br/2014/06/sao-bendito-seu-surgimento-e.html

Você já ouviu falar de deserto verde? Confira.

Conhecidas como deserto verde, as áreas de plantação industrial crescem cada vez mais e afetam negativamente o meio ambiente

12 DE JUNHO DE 2014
PUBLICADO POR
Redação
Flavio MarchesinReflorestamento.
Instituído no Brasil na década de 1960, o termo “deserto verde” se refere a grandes áreas cobertas por um tipo de vegetação introduzida de maneira artificial pelo ser humano. Essa ação pode ser por meio de reflorestamento com espécies consideradas não nativas ou mesmo por meio de plantações em larga escala.
O deserto verde mais conhecido é o de plantação de árvores para a produção de papel e celulose. Neste sentido, as árvores mais utilizadas para este cultivo são o eucalipto, pinus e acácia.
A plantação da primeira cresce desenfreadamente no Brasil todos os dias. Estima-se que sejam mais de 720 hectares dia, equivalente a 960 campos de futebol, segundo estimativas da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas.
Os estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia lideram o ranking, mas o deserto verde se alastra também por outros estados do sul e nordeste do país. No Paraná, inclusive, são mais de 900 mil hectares de eucalipto e pinus plantados.
De acordo com especialistas, esses ecossistemas não são capazes de sustentar uma comunidade de animais e outras formas de vida. Esse sistema de monocultura também acontece nas lavouras de cana e soja, onde é comum a utilização de técnicas intensivas de manejo, como agroquímicos, que são capazes de esterilizar o solo e impedir a colonização por outras plantas e animais. No entanto, ainda assim, esses desertos ainda podem funcionar como corredores entre florestas, permitindo o intercâmbio das espécies que nelas vivem.

Economia x Natureza

Os benefícios desse sistema de plantio são muitos, economicamente falando. As empresas utilizam essas florestas para fabricar mais celulose e, com isso, importar cada vez mais. No entanto, apesar disso, alguns especialistas vão contra o movimento e não apoiam a ideia de desertos verdes.
Isso porque, o sistema tem efeitos negativos no meio ambiente, com a desertificação, erosão, vazio em biodiversidade e populações humanas.
chanceprojectsPlantação de eucalipto.
Estudos revelam que a monocultura do eucalipto, por exemplo, consome tanta água que pode afetar significativamente os recursos hídricos, com o assoreamento dos rios. Essa situação gera um problema não só aos animais, mas também à população, já que há impedimento na produção de qualquer tipo de alimento, com a improdutividade da terra.
Além disso, as próprias indústrias são grandes consumidoras do recurso hídrico, o que agrava ainda mais o problema. Neste sentido, muitas companhias vêm investindo em produção de baixo impacto, com mecanismos que permitem a reutilização e reaproveitamento da água, e com projetos que visam à redução de energia gasta.
fonte: http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente